Mergulho fundo nas suas músicas certas.
Velejo em tuas palavras frias e obsoletas.
E assim me vejo em plena roda viva.
Um vilão fantasiado de cenas surreais.
Alguém me disse que você é bem real.
Mas é inevitável sentir que não o vejo.
Mesmo assim desejo-te sem um aval.
Assim vou seguindo teus passos. Passos largos.
Envolvo-te em meus laços vagarosamente.
Uso palavras coloquiais, uso palavras normais.
Visto-me de palhaço e faço-te sorrir levemente.
Conheço as propostas dita a elas. Não sinceras.
Prefiro o vento norte na boca do vento.
O meu amor por você vai se tornando forte.
Mas temo a morte, essa que vai me levar.
Tento de todas as maneiras não te perceber,
A sorte torna-me escrava, vejo-te imparcial.
E percorro o tempo só para te encontrar.
As horas passam sem sentido. Tempo crucial.
Soraia
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