Teu corpo delicado e sem labéu
estremece a tossir... Freme em delírios...
Os teus olhos chamejam como círios...
Claros círios ardendo-se pro céu...
Como o luar que em tudo põe o véu,
recobre-te uma palidez de lírios...
E as minhas horas tensas, de martírios,
cirandam como o vento em escarcéu.
A tua boca em descorado tom...
O teu sorriso cristalino e bom...
Não sei pra que anjos afinal sorri!
Alheia à minha ânsia angustiante,
tão perto estás... E também tão distante,
como se já não fosses mais daqui...
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