Fito o infinito do infinito da luz
Percorro com olhares indiscretos
A nudez do tempo inexato e vasto.
Então! Cuido desse universo deserto.
Seminua escolho o som do vento.
Embriago-me de teu néctar azul.
Cheiro a flor de jasmim - do seu jardim.
Danço contornando seu corpo exato.
Uso as pernas como coreografias silentes.
Parada eu faço uma dança sensual lilás.
Mas o que me apraz mesmo é te olhar.
Olhar-te sem receios, olhar-te sem pudor.
Enquanto dou voltas sigo seu desejo
Desejo-te sem pressa, sem hora marcada
Danço com o infinito, o infinito da luz.
A dança que faço para você agora.
Soraia
Estou retornando e hoje posto uma poesia de Soraia Santiago, bjus amiga.
Mergulho fundo nas suas músicas certas.
Velejo em tuas palavras frias e obsoletas.
Esfrio ao te ver olhando para ela, aquela.
E assim me vejo em plena roda viva.
Um vilão fantasiado de cenas surreais.
Alguém me disse que você é bem real.
Mas é inevitável sentir que não o vejo.
Mesmo assim desejo-te sem um aval.
Assim vou seguindo teus passos. Passos largos.
Envolvo-te em meus laços vagarosamente.
Uso palavras coloquiais, uso palavras normais.
Visto-me de palhaço e faço-te sorrir levemente.
Conheço as propostas dita a elas. Não sinceras.
Prefiro o vento norte na boca do vento.
O meu amor por você vai se tornando forte.
Mas temo a morte, essa que vai me levar.
Tento de todas as maneiras não te perceber,
A sorte torna-me escrava, vejo-te imparcial.
E percorro o tempo só para te encontrar.
As horas passam sem sentido. Tempo crucial.
Soraia